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Um sonho que quase parou no "bloqueio"

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    Na Rede
  • 23 de nov. de 2018
  • 4 min de leitura

Por: Ítana Santos



Londrina Vôlei em segundo jogo na Superliga B 2018 e primeiro em casa Créditos: Fábio Silva/CBV

“No momento que o Brasil vive, de patrocinadores saindo, baixos investimentos, é um momento muito feliz e a gente torce muito para que o projeto dê certo”, foram as palavras ditas pela central Bia do SESC-RJ, que na época era integrante do Vôlei Nestlé Osasco, no amistoso de lançamento da equipe Vôlei Positivo Londrina. A equipe paranaense surgiu de maneira rápida, e por pouco, quase que também de forma rápida, deixa de competir devido à falta de patrocínios.

A equipe londrinense teve seu inicio vinculado ao lançamento do projeto de voleibol “Formando Campeões”, idealizado pelos ex-atletas e medalhistas olímpicos Elisangela Almeida de Oliveira (Lili) e Gilberto Amauri Godoy Filho (Giba), naturais de Londrina. O projeto visa oferecer aulas gratuitas para crianças e adolescentes com idade entre 10 e 19 anos. Além de servir para a descoberta de novos talentos do vôlei e introduzir o esporte na vida dos alunos, aliado à educação, o projeto também tem o intuito de combater a obesidade infantil e orientar sobre uma alimentação saudável. Para adquirir recursos para o projeto, e em meio aos eventos de conscientização do outubro rosa, a Associação Desportiva de Pró Sport (ADePS) convidou o Vôlei Nestlé Osasco e o Renata Valinhos para um amistoso na cidade, no qual toda verba arrecada seria destinada ao “Formando Campeões”. Também, no mesmo dia, estava marcado o lançamento do time adulto feminino da cidade.


O amistoso aconteceu no dia 26 de outubro, do ano passado, no Ginásio de Esportes Moringão. O Renata Valinhos não pôde comparecer ao jogo, pois, acabou assumindo a vaga da equipe catarinense Associação Rio Sul na Superliga A 2017/18, que desistiu por dificuldades financeiras, e o novo calendário impediu que o Renata comparecesse na partida. Por fim, o amistoso aconteceu entre o time carioca e o novo time da casa, que contava com atletas do recém projeto “Formando Campeões” e do elenco do Rio Sul, com vitória para o visitante por 3 sets a 0. Mesmo com a derrota no jogo de lançamento, o time paranaense teve a chance de mostrar seu potencial e conseguir fechar patrocínio com a Positivo.

Visando a elite do voleibol brasileiro, o Vôlei Positivo Londrina estreia na Superliga B 2018, sob o comando do técnico Rogério Portela, com vitória em casa contra o Curitiba Carob House/CMP por 3 sets a 0 (parciais 24x26 / 16x25 / 22x25). O time de Londrina chegou à final da competição invicto, deixando para trás times como: São José dos Pinhais, Lavras Vôlei, Cefa e ADC Bradesco. No jogo pelo título do campeonato novamente houve o clássico paranaense. A final foi disputada entre o Vôlei Londrina e Curitiba. De qualquer forma os dois finalistas da divisão B do vôlei brasileiro estavam com a vaga garantida na Superliga A por serem finalistas. O confronto foi dia 9 de abril no Ginásio Moringão, em Londrina, com vitória do visitante por 3 sets a 2 (31x29 / 22x25 / 19x25 / 26x24 / 11x15). O jogo contou com um público de 4.280 torcedores, de acordo com o site oficial da Superliga B.


Final da Superliga B 2018 Créditos: Antônio More/CBV

“Por um lado, é triste pelo que fizemos ao longo de todo o campeonato, mas faz parte do voleibol. Tudo que foi feito antes ficou para trás e este jogo de hoje é que valeria. Foi um grande jogo e nós erramos muito. Elas também têm méritos pela vitória. Nosso objetivo era subir para a Superliga A e o título seria para coroar o trabalho, mas agora temos que seguir em frente”, comentou a ponteira Ju Odilon em entrevista para o site da CBV.

Elisangela Almeida, por meio de suas redes sociais, expos toda sua emoção com a conquista do time. Por meio de um projeto, que teve seu apoio e conta até os dias atuais, o Paraná retorna a Superliga feminina após um jejum de 14 anos.


Infelizmente, nem tudo foi festa para o futuro estreante na elite do vôlei feminino brasileiro. Pela mesma rede social que Lili comemorou a conquista do seu mais novo time, ela também fez seu desabafo pela falta de apoio financeiro que o Vôlei Londrina estava passando, o que quase causou a desistência do time de jogar a Superliga A, a competição tão sonhada pelo elenco.

“Em outubro do ano passado decidi criar um time de alto rendimento e trabalhar agora nos bastidores do voleibol. Com ousadia e determinação em 45 dias estávamos com Patrocinador e Elenco montado para a disputa da Superliga B. Hoje, com a vaga garantida na Superliga Nacional, novamente vejo um desafio, o de viabilizar financeiramente a disputa na competição. Quem é do esporte sabe das dificuldades, não cabe a mim lamentar ou explicar a realidade dos “bravos” gestores do vôlei nacional. Entra ano, sai ano convivemos com patrocinadores saindo e outros chegando”, declara a ex-atleta em sua rede social.

O que ocasionou o período de dificuldade da equipe foi a perda de seu patrocinador máster, a Positivo, próximo ao período de encerramento de inscrição da maior competição de vôlei do país. O apoio financeiro que o time paranaense conseguiu foi no estado vizinho, na cidade de Balneário Camboriú – SC.

"A diferença de Londrina para Balneário foi o apoio político que tivemos lá. Em poucos dias, visitamos seis empresas, houve o envolvimento da cidade e eles abraçaram o projeto, entendendo a visibilidade que tem uma Superliga", aponta Lili, coordenadora geral do time, em coletiva de imprensa.

Continuando com o projeto em outro estado, no dia 7 desse mês, o time se oficializou como Balneário Camboriú Vôlei com o patrocínio da EMBRAED Empreendimentos e uma nova casa, o Ginásio Hamilton Cruz. Com uma nova sede e parceiro, a equipe está competindo na Superliga. O jogo de estreia foi no último dia 16 contra o atual campeão da competição, Praia Clube, de Uberlândia – MG. Os catarinenses perderam por 3 sets a 0 (14x25 / 18x25 / 16x25). Seu segundo jogo foi contra o Fluminense, com resultado também negativo, 3 a 1 (25x11 / 13x25 / 25x20 / 25x19). Hoje, na terceira rodada do primeiro turno da liga, o Balneário perde de 3 a 0 (25x19 / 25x22 / 25x20) para um antigo conhecido das atletas, o Curitiba Vôlei. A próxima disputa será contra o Osasco/Audax, dia 7 de dezembro, no Ginásio Hamilton Cruz às 20h, com transmissão pelo canal Vôlei Brasil.


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